quarta-feira, 23 de junho de 2010

JOGO DO BRASIL NA SEXTA = REUNIÃO DO GEGH CANCELADA

Prezados participantes do GEGH,
Devido à comunicação oficial abaixo, que altera a comunicação anterior que
em dias de jogo do Brasil iniciados as 11 horas o expediente se iniciaria as
14:30 horas, alterando para 16 horas, estou cancelando a discussão desta
sexta-feira, 25/06/2010. Em virtude disto os textos 7, 8 e 9 serão
discutidos no dia 02/07/2010. Caso haja jogo no dia 02/07 essa discussão fica para o
dia 09/07/2010.
Att.
Marcelo

----- Original Message -----
From:

Subject: Funcionamento da UFF Campos - Jogos do Brasil na Copa


Prezados professores do SFC,

Conforme comunicado da Direção do ESR e do Polo da UFF Campos, em
22/06/2010, sobre o funcionamento da Unidade em dias de jogos da
Seleção Brasileira, informamos:

- jogos com início às 11h: não haverá funcionamento no turno da manhã.
As atividades de aula e administrativas serão iniciadas às 16h.
- jogos com início às 15h30min: haverá funcionamento normal de aulas e
atividades administrativas no turno da manhã, com término às 13h. Não
haverá funcionamento nos turnos da tarde e noite.

Atenciosamente,

Julia Mesquita
Assit. em Adm.
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quarta-feira, 16 de junho de 2010

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES ATUALIZADO

Abaixo anexo o cronograma atualizado das nossas discussões e respectivos funções dos participantes:

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO DIA 21.05.2010

Relatório da Reunião do dia 21/05/2010

O encontro desse dia teve como objetivo a apresentação e discussão do capítulo 4 – “Formação Colonial e Conquista de Espaços” – do livro “Território e História no Brasil” de Antônio Carlos Robert de Moraes.
Neste capítulo o autor faz uma análise dos processos e das diversas modalidades de formação colonial exercidas pelos paises da Europa ocidental como, Portugal, Espanha, Inglaterra e Holanda, ressaltando a conquista de espaços extra europeus acontecida a partir do século XVI.
A colonização, segundo o método de análise adotada, pode ser compreendida como uma relação sociedade espaço, onde o processo de valorização do espaço, realizado de diversas formas inclui: a apropriação de meios naturais, a transformação de tais meios numa segunda natureza, a apropriação destes meios naturais transformados, a produção de formas espaciais e a apropriação do espaço anteriormente produzidos. A colônia então, “notadamente nos casos de uma instalação pioneira, expressa talvez melhor do que qualquer outro exemplo, estes momentos da ação da sociedade sobre o espaço” (MORAES,2008,p.89)
Nesse dia, seguindo à dinâmica dos encontros anteriores, foi apresentado, dessa vez, por Tiago, o relatório, realizado com empenho de não omitir os detalhes das discussões realizadas, do capítulo três do livro em questão. Em seguida foi apresentado, por Ana Carolina, o capítulo quatro (objeto de discussão desse encontro) onde o autor define o processo de colonização tendo por origem a expansão territorial de um determinado grupo humano, sendo necessário para a sua efetivação a ocupação e fixação, por um longo tempo, do agente colonizador que passa a atuar como elemento externo de estruturação interna da colônia.
A seguir, a apresentadora chama a atenção para as diversas modalidades de origem e efetivação dos empreendimentos colonizadores como os empreendimentos coloniais privados surgidos Holanda, os empreendimentos estatais adotados pela Espanha e os mistos empregados por Portugal; possuindo em comum a todos, as estruturas militares de apoio à colonização e o uso da violência no sentido de subjugar os colonizados. Assim a colonização apresentou um caráter de conquista, submissão das populações colonizadas, apropriação dos lugares, subordinação dos poderes eventualmente defrontados e dominação política.
Ana Carolina observa também, seguindo o autor, que as estruturas produtivas preexistentes, quando encontradas, são assimiladas a nova ordem ou destruídas, citando o exemplo da “plantation” como expansão da economia mundo capitalista. Observa também as diferenças entre as colônias de povoamento, sendo essas mais autoconcentradas e autárquicas e tendo laços mais tênues com os circuitos comerciais e as colônias de exploração – lugares do capital mercantil por excelência - resultando assim, segundo Moraes, em um sentido da colonização dependente da geopolítica metropolitana somado às condições encontradas.
A apresentadora ilustrou seu trabalho trazendo imagens como: uma figura das capitanias hereditárias para mostrar a divisão territorial (interna) da colônia realizada pelo agente(externo) colonizador e uma figura de um Engenho do livro “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freire para mostrar a formação social colonial brasileira, entre outros.
Após a apresentação do texto, Vicente realizou sua tarefa de comentador e Sueleni chamou a atenção a cerca das práticas sociais tais como “coronelismo, patriarcadismo, clientelismo” comuns no Brasil e atribuindo essas práticas à herança nossa colonial.
O professor Hélio elaborou um “pequeno texto como pretexto para reflexão” onde comentou a lógica externa da colonização e a dinâmica interna da colônia; a permanência das relações sociais coloniais que reproduzem, que se reenventam e que permanecem.
Finalizando, o professor Marcelo Werner – coordenador da reunião – indica, para uma melhor compreensão da atribuição de problemas às causas externas, o livro “Dialética da Colonização” do autor Alfredo Bossi.

Anadelson Martins Virtuoso
Relator dessa reunião.

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO DIA 14.05.2010

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO DIA 14/05/2010
ELABORAÇÃO: TIAGO DOS REIS ROCHA


Estudamos e discutimos, o capítulo III da obra Território e História no Brasil, de Antônio Carlos Robert Moraes, intitulado Estado e Território Numa Perspectiva Histórica. Onde o autor faz uma leitura da constituição dos estados nacionais, por meio de processos históricos, que se engendraram por meio da ação humana, em especial na ação, e na organização política, que se estabeleceu em consonância com projetos e interesses econômicos e culturais, num processo diacrônico e dialético, estabelecendo o que denominou de “formação territorial”.
Feita a abertura dos trabalhos, seguindo a solicitação do Prof. Marcelo Werner, foi lido o relatório dos trabalhos do dia 07/05 pela participante Ana Carolina.
Em uma ponderação relativa ao relatório, reivindicou-se um maior detalhamento do “calor das discussões” feitas, embora, chegamos à conclusão, que o trabalho do relatório passa ainda por um processo de aperfeiçoamento.
Mediante a ausência dos relatores, devido ao ocorrido da desistência de duas participantes na reunião anterior, o professor sugeriu uma dinâmica diferente, mediante a uma leitura conjunta, seguida de pausas para discussões e comentários. Foi sugerido a Hamilton que iniciasse a leitura do Capítulo III da obra, fazendo essa assim de maneira dirigida, sendo solicitado ainda ao mesmo que fizesse uma síntese do parágrafo lido. Alguns outros participantes deixaram suas contribuições nessa primeira pausa, e o professor posicionou-se, concluindo-se que o Estado é um elemento político e territorial. Foi colocado, ainda, a questão do papel das forças armadas, para afirmação das soberanias nacionais, muito sintetizada no conceito de “dissuasão” militar.
Em seguida foi posto em pauta nesse objeto de estudo uma espécie de “casamento” entre o território com o Estado, onde nessa relação, se espacializa a questão do Estado, trazendo-o para Geografia, diferentemente das abordagens do Estado, específicas da Ciência Política, mais relacionadas as “teorias” do Estado e a sua esfera institucional.
Entrou no debate a questão do papel da História no estudo da Geografia, que contribui no sentido de possibilitar o estudo dos processos que desencadearam a conformação territorial dos Estados, quebrando-se a visão pragmática que reduzia o Estado a uma espécie de “coisa dada”. Além de ter sido alertado a necessidade de se diferenciar território de história territorial.
Foi colocado ainda, a questão da “tríplice repartição do objeto geográfico” em Ratzel, ressaltando o papel dos agentes sociais na constituição do território.
Solicitou-se em seguida a definição do que seria a escola possibilista, citada no texto, e a relação dela com a escola determinista. Logo sendo pontuada na discussão envolvendo a contribuição de quatro ou cinco participantes, mas o professor, de que se tratava da escola francesa, liderada por Vidal de La Blache, interessada em dar respostas à escola alemã, batizada pelos franceses de “determinista”, iniciada em Friedrich Ratzel, onde no plano de fundo dessas discussões, estavam “questões nacionais”, envolvidos em conflitos de delimitação de fronteira, como a Guerra Franco-Prussiana, e a emergente Primeira Guerra Mundial, tendo, portanto, a Geografia, empenhado papel importante nesse embate. Sendo a Alemanha um país recém unificado com Bismarck, com pretensões expansionistas, ao passo que a França, encontrava no estudo de conceitos geográficos, como as regiões “vidalianas” com o seu “gênero de vida” a tentativa de defesa para regiões fronteiriças cobiçadas pelos alemães como a Alsacia-Lorena.
Outra questão que surgiu, foi o fato da dita Geografia Tradicional, ter feito “tabula rasa” do papel histórico das delimitações territoriais, restando a essa abordagem o resgate feito pela Geografia Política.
Foi pontuado que o percurso do pensamento geográfico-histórico, ganhou respaldo com o surgimento da Geografia Crítica, trabalhando a relação sociedade-espaço. Onde passou a se buscar o desenvolvimento da Geografia, por meio de sua gênese.
Na oportunidade o participante Hamilton, contribuiu com o exemplo da ampliação do terreno da UFF, adquirido em meio uma disputa eleitoral para reitoria, onde acabou se tornando promessa, cumprida de um dos candidatos, possibilitando a UFF de Campos, conquistar o seu “espaço vital” fundamental para a atual expansão que está se processando.
Com efeito, tal exemplo, no aspecto das correntes do pensamento geográfico, corroboram com a superação da Geografia Descritiva, que não se preocupava em problematizar os processos sociais, as intervenções humanas, empenhadas na configuração espacial, que agora passou a ser valorizada.
O professor, perguntou aos alunos, sobre a questão do dado “sincrônico”, onde na ausência de resposta objetiva, pontuou que tal abordagem diz respeito às “periodizações”, normalmente respaldadas em eventos sociais, como a feita por Eric Hobsbawn na obra “A Era dos Extremos”, como sendo o “breve século XX”, de 1914 a 1991, devido a 1º Grande Guerra, e a queda do socialismo real.
Entrou na discussão em seguida o aspecto da denominada “formação sócio-espacial”, ou “formação espacial”, definida por Milton Santos, que seria uma espécie de aplicação a Geografia, do conceito marxista de “formação econômica e social”, baseada na relação dialética da infra-estrutura (economia) com as superestruturas (esfera ideológica-cultural e jurídica-política) conformando as três instâncias colocadas por Robert Moraes, como sendo a econômica, a política, e a cultural, que compõem o que o autor denomina de “formação territorial”. Conceito que de certa forma retoma o Capítulo II, quando busca “substituir o impreciso conceito de espaço, pelo preciso “território”.
Nos foi, colocado o desafio de identificar na idéia do autor a similaridade ou não do conceito de formação espacial, com o de formação territorial, onde em particular, apostei na leitura do capítulo anterior, que deveria ser a mesma, mas amparada numa atenção especial ao elemento político, mesmo com o uso teórico da dialética, que como na discussão anterior, não poderia ser reduzida a um “determinismo econômico”.
Surgiu também na discussão brevemente, a idéia de “territorialidade do tráfico”, por meio de seu “poder paralelo”.
Tratou-se em seguida da idéia de construção “diacrônica”, baseada na idéia de um “eixo das sucessões”, sendo essa a utilizada por Moraes, diferente da “sincronia”, respaldada no “eixo de coexistências”, utilizada por Santos.
Em seguida, fizemos uma pausa para o intervalo. Ao retornarmos, entendemos pelo adiantado da hora a necessidade de uma leitura com menos interrupções para as discussões, as quais, tivemos mais umas quatro. Após a primeira leitura, o professor interveio, abordando na leitura o aspecto da temporalidade. Em especial na leitura, do caso europeu com o surgimento dos estados nacionais, além de destacar a discordância do autor com a idéia antropológica de território cultural, onde aproveitei para exemplificar o caso da demarcação de reservas indígenas, que não segue a mesma lógica da sociedade racional moderna.
Mencionou-se ainda a definição das escalas geográficas, onde o autor priorizou pela escala nacional, priorizando a esfera política.
Após mais um bloco de leituras, foi abordado a aspecto da economia mundo, como sendo algo que funciona no mundo inteiro, onde sobrou certa crítica ao autor, por uma abordagem parcial do conceito de Immanuel Wallerstein, onde entendemos que se deu dessa forma, por não ser o objeto central de seu trabalho. Na oportunidade discutimos o papel da dinâmica econômica, ser ou não, eminentemente questão de mercado, devido ao fato de se operar através do aval dos estados nacionais. Onde na oportunidade foi mencionado ainda pelo Hamilton, o apelido dado ao “porto chinês do Açu”, com seus navios “jong jong”, paradoxalmente construído pelo capital privado nacional.
Em seguida procedemos mais uma parte da leitura, onde se destacou a questão do estado absolutista, como necessidade de centralização, capaz de derrubar o sistema feudal, onde ainda o território, pôde ser visto como o “segundo porto do rei”, sendo porém, do Estado, e público.
E trabalhou-se sobre a especificidade (alteridade) de cada estado nacional, com sua forma de evolução.
Por fim, após procedermos a leitura das últimas páginas do texto, foi destacado por mim, a precisão do autor na abordagem dos estados multi-étnicos, que não representavam uma coesão nacional, portanto o Estado, não seria exatamente a materialização da nação, devido a questão das múltiplas identidades nacionais, onde demos vários exemplos, como o da antiga Iugoslávia, e o da ex-URSS, ou ainda de estados ainda muito artificiais, como a Espanha, imersa em movimentos separatistas, e/ou de reivindicação de identidade regional, ou os países africanos, construídos na ótica européia, repletos de tribos antagônicas convivendo num mesmo Estado.
Logo após foi passada a palavra ao comentador Alexandre, que destacou a idéia de síntese do autor, definindo o Estado, por suas dimensões política, econômica, militar, cultural, ideológica, etc, onde conseguiu estabelecer um paralelo com a idéia dialética antes exposta, de formação espacial, ou territorial. Onde na discussão que se desdobrou enfatizamos o caráter diacrônico de sua abordagem, que foi sendo construída, nos três capítulos estudados, onde avançaremos agora ao quarto, onde aplica tais conceitos a configuração do território brasileiro, a começar na colonização.
Em seguida encerramos as atividades da tarde, com uma breve seção de fotos do grupo de estudos.


Campos dos Goytacazes, 14 de maio de 2010.

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO DIA 07.05.2010

RELATÓRIO DOS DEBATES DO DIA 07/05/2010

Nesse dia foi apresentado o capítulo 02, do livro de Antonio Carlos Robert de Morais, “Território e História no Brasil’’, intitulado, “A Geografia Humana Como História Territorial’’. Nesse capítulo o autor começa salientando que diferentes métodos em ciências humanas adotam perspectivas históricas na análise de seu objetivo, embora seja distintas as maneiras com o qual o método vai ser trabalhado. Procura delinear uma visão dialética e histórica do temático clássico da geografia humana, a relação entre sociedade e seu espaço, e que para isso tem-se que compor uma teia de fundamentos teóricos que sustentam a posição assumida, ou seja, engloba vários fundamentos teóricos para sustentar uma posição (ex. visão totalizadora, busca a explicação do científico, sem isolá-lo), cada mediação particularizadora em sua explicação empírica e teórica, permite a abertura em uma discursão específica e relativamente autônoma, esse entendimento da geografia humana como ciência social que tem como o objetivo o processo universal de apropriação do espaço natural. O autor diz que a constituição de um território (espaço) é um processo acumulativo, e que está em contínuo movimento, produção de espaço, onde o Estado é um protagonista nesse processo,e que tende a monopolizar as ações básicas do processo de formação territorial. O espaço se torna um campo político-cultural que expressa combates e antagonismos entre interesses e projetos sociais. Enfim, o desenvolvimento histórico se faz sobre e com espaço terrestre, e, nesse sentido, toda formação social é também territorial, pois necessariamente se especializa.
Os participantes responsáveis pela apresentação, Hélio Coelho e Tiago dos Reis, realizaram também um paralelo com um artigo “ Da República Velha ao Estado Novo, do Hamilton de Mattos Monteiro.
A comentadora, Danielle Costa dos Santos, destacou a relação sociedade e seu espaço.
Durante os debates foram destacadas a questão da relação sociedade e grupos sociais. O Hamilton Cassiano Dias, levantando a importância do pensamento geográfico e relações dialélicas sociedade-espaço. Marcelo Werner da Silva, relata que o autor visa como análise da sociedade o método da geografia humana com o método da geografia territorial, o espaço é produzido, formado e analisado através das relações sociais, política e ideológica.
Campos dos Goytacazes, 07 de abril de 2010.

Ana Carolina Soares Cruz
Aluna e relatora dessa reunião.

APRESENTAÇÃO DO CAPÍTULO 2

A apresentação do capítulo 2, realizada pelo Tiago e pelo Hélio está disponível para baixar no seguinte endereço: http://depositfiles.com/files/jsewmy77p