terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Capítulo 13-Os Espaços da Racionalidade, por Ana Luiza, Carlos e Tatiane

Capítulo 13-Os Espaços da Racionalidade

Por: Ana Luiza
Carlos
Tatiane


Tatiane inicia a apresentação fazendo a introdução do capítulo e expondo o primeiro subtítulo: “É possível um espaço racional?”, onde o autor explica que a racionalização foi sendo introduzida na sociedade aos poucos, ele divide a racionalidade em dois tipos: a racionalidade intencional, que se refere ao comportamento do agente econômico e a racionalidade não intencional, pertencente ao sistema econômico enquanto realidade. É citado também o pensamento de Habermas que distingue duas tendências paralelas e interdependentes, a racionalidade por cima e por baixo, onde a última resultaria de um “progresso cumulativo das forças produtivas”, ao nível de todo um território. Já Johnson fala da racionalidade do espaço, onde as coisas, ou melhor, a mecanização é introduzida nessa racionalidade. Tatiane termina completando que a técnica é responsável pela racionalização, assim como a informação, em meio a fixos e fluxos se realiza e conclui com uma pergunta chave: qual é a verdadeira racionalidade do espaço?
Ana Luiza deu início ao subtítulo: “Produção de uma racionalidade do espaço”, onde foi colocado que a paisagem é um espaço racional e de reflexão. Foi citada também a teoria de Johnson que fala da “racionalização” das paisagens americanas, utilizando o Midwest americano como exemplo de espaço irracional, experiência esta que demonstra que para se realizar um grau razoavelmente satisfatório de eficiência produtiva regional, o padrão dos lugares centrais e de suas funções precisa ser reestruturado e racionalizado. Ana Luiza também colocou que é preciso pensar o espaço de forma técnica, para ser racional ele precisa ser instrumentalizado, e que além disso, as técnicas são autorizações para “o fazer”, quanto mais artificial for o espaço, mais racional ele será. O espaço de fluxos não é abrangente, pois não abrange o território inteiro.
Outra noção citada também como restrita é a de homogeneização. As ações de homogeneidade impõem uma ordem acima das heterogeneidades, essa homogeneização só é obtida pela norma do valor produtivo.
Ana Luiza conclui afirmando que o uso mais adequado do território depende da informação. Há no objeto técnico a prévia determinação de uma racionalidade, ou seja, o seu objetivo. E que de fato, as ações humanas se adaptam aos artefatos materiais.
Carlos expôs o subtítulo: “O espaço racional”. Nesse trecho do texto o autor trata o espaço racional como espaço cibernético, uma matematização do espaço. Na explicação, ainda é citado Cournot, que anunciava em pleno século XVIII, uma era geral da mecanização, onde a história seria substituída pela estatística, seria a chamada administração das coisas. O moderno vai estar ligado às técnicas e à matemática, pois os grandes sistemas técnicos ilustram fisicamente uma dimensão característica da representação moderna do mundo.
Carlos explica que os arranjos espaciais se montam se maneiras diferentes, há lugares fora e dentro das redes.
Há espaços marcados pela ciência, pela tecnologia, ou seja, por uma alta carga de racionalidade, porém, essa racionalidade sistêmica não se dá se maneira total e homogênea, em algumas zonas ela é maior, em outras menor, ou mesmo inexistente. Um exemplo dado por Carlos é observar as lógicas diferentes no campo e na cidade, lógicas vizinhas, porém segregadas.
Ainda nesse mesmo tema, para se explicar os limites da racionalidade no campo e na cidade, é utilizada a parábola de Benjamin Coriat, quando escreveu sobre o ateliê e o cronômetro, onde no ateliê trabalha-se se modo artesanal, sem pressa, mas com a chegada do cronômetro, o trabalho cai na lógica do taylorismo. Nessa condição, o campo imita a indústria na busca permanente por precisão. Porém Carlos atenta para o fato, de que mesmo o campo aderindo á lógica da cidade, continua agindo dentro do seu tempo, com a diferença de agora depender de objetos técnicos. E fica uma pergunta, se a matriz reguladora do campo fica na cidade, sua lógica é rural ou urbana?
O autor também lança o conceito de diversidade socioespacial fazendo ligação com as ecologias sociotécnicas. Em uma mesma cidade há lógicas individuais, algumas áreas podem ser turísticas, por exemplo, onde necessita-se de técnicas para sua concretização. Carlos usa como exemplo o Porto do Açu, que transformou a lógica de São João da Barra, há uma visível diferença entre a cidade de dez anos atrás e a de dez anos a frente. Resumindo, a racionalidade de hoje é o modo de produção capitalista.

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